Dylan nas 100 melhores canções dos Beatles

Já faz algum tempo que a Rolling Stone Brasil lançou uma edição especial com uma seleção intitulada “as 100 melhores canções” dos Beatles. Abaixo, um breve “raio x” da revista sobre as menções à Bob Dylan.

Introdução: Elvis Costello comenta sua relação com a obra dos Beatles. Ao dizer que Rubber Soul e Revolver são seus álbuns favoritos do Fab4, Costello afirma que é possível ouvir várias referências nestes discos, como R&B, psicodelia e… Bob Dylan.

#2 – I Wanna Hold Your Hand: sobre a Beatlemania do início dos anos 60, Dylan comenta em 1971 que “eles estavam fazendo coisas que ninguém mais fazia”. Ele também diz: “Seus acordes eram extraordinários. Era óbvio para mim que eles tinham poder de longevidade. Eu sabia que eles estavam apontando a direção para onde a música tinha que seguir. Na minha cabeça, os Beatles eram isso”.

#3 – Strawberry Field Forever: Antes de receber uma roupagem psicodélica, Strawberry Field Forever foi composta por John Lennon tendo como base a canção It’s All over now, baby blue.

#5 – In my life: Para John Lennon, In My Life foi seu primeiro grande trabalho e é um marco de quando ele passou a ser ele mesmo nas músicas, compondo subjetivamente ao invés de objetivamente. Lennon dá os créditos a Dylan: “Acho que foi Dylan quem me ajudou a perceber isso – não através de qualquer conversa ou coisa assim, mas ouvindo seu trabalho”. A revista ilustra parte da influência dylanesca através do histórico encontro de Bob com os garotos de liverpool, quando ele apresentou maconha à banda.

#12 – Norwegian Wood (This bird has flown): Bob Dylan é citado por sua paródia em 4th Time Around. Nesta época, Lennon era ridicularizado pelos outros Beatles por copiar Bob, usando até a “boina Dylan”. Ao ouvir do próprio Bob 4th Time Around, Lennon suspeitou do sarro de Dylan e disse não ter gostado. Posteriormente afirmou que gostara da música, mas o fato é que deixou de lado sua boina.

#31 – You’ve got to hide your love away: Sobre a música, Lennon assume: “Esta é minha fase Dylan”. McCartney analisa o quanto Bob afetou seu parceiro. “Era como se John sentisse que ‘aquele deveria ter sido eu’. E para isso, John fez uma imitação de Dylan”. Os primeiros versos de Hide your love away são similares aos de I don’t believe you (she acts like we have never met).

#36 – I shoul have know better: a revista dá a esta canção o crédito de ser a primeira música dos Beatles com inspiração dylanesca. O próprio solo de gaita de John, menos técnico que o apresentado em discos anteriores, já mostra esta influência. Enquanto estavam em Paris, em janeiro de 1964, o quarteto teve contato com The Frewhellin’. Lennon relembra que todos ouviram o disco durante as três semanas seguintes.

#53 – It won’t be long: Para a Rolling Stone, esta música era o tipo de canção que Bob tinha em mente quando afirmou que os acordes dos Beatles eram “extraordinários, simplesmente extraordinários”.

#62 – Girl: Em comparação com Just Like a Woman, a Rolling Stone acha que Girl deixa a canção de Dylan parecer uma coisa de criança. E você, concorda?

#71 – I’m a Loser: Além de influenciar a linha de gaita e o vocal de Lennon, John se sentiu “pressionado” para usar a palavra clown [palhaço] depois que Bob usou em diversas canções.

#76 – Yer blues: Ballad of a Thin Man é usada como referência, através do personagem Mr. Jones, para ilustrar a fase de falta de consciência cósmica de Lennon, durante sua viagem à Índia.

#78 – And your bird can sing: Dylan é citado por introduzir a maconha aos Beatles. A lenda diz que um McCartney drogado decobriu a chava da vida, que era: “existem sete níveis”.

#98 – Long, Long, Long: George Harrison se baseu na música Sad-Eyed Lady of the Lowland para compor Long, Long, Long. Tom Petty disse à revista que George citava Bob como as pessoas citam as Escrituras.

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