Thea Gilmore – John Wesley Harding

A cantora inglesa Thea Gilmore, como celebração do 70º aniversário de Bob Dylan (que para quem não sabe é no próximo dia 24), gravou sua versão do álbum John Wesley Harding, lançado em 1968.

Gosto de várias fases do Bob Dylan e admito a importância e a qualidade dos discos do começo dos anos 60, de Blood On The Tracks na década de 70, Oh Mercy em 80 e a chamada “trilogia” mais recente (Time Out Of Mind [1997], Love and Theft [2001] e Modern Times [2006]). Contudo, sempre que ouço John Wesley Harding, sinto um prazer diferente ao escutá-lo. Parte são as letras, mais simbólicas e utilizando referências de forma madura e menos ansiosa; a instrumentação crua e simples – violão, gaita, bateria, baixo e alguns pianos e steel guitar; e o jeito irônico e sensível que Dylan canta. Parte são coisas que ainda não consegui distinguir e, de certo modo, não saber me faz gostar mais ainda.

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A versão “atualizada” de Thea ficou interessante, mas fica longe da abordagem marcante do original. Existem alguns pontos altos, como o clima suspenso de I dreamed I saw Saint Augustine, os rockizinhos em The Drifter’s Escape e The Wicked Messenger e o acompanhamento do banjo em I am a lonesome hobo. De resto é válido, mas não te faz querer ouvir muito mais que duas vezes.

O site NewAlbumReleases disponibilizou o disco para download.