Em sua autobiografia, Eric Clapton relatou seu primeiro encontro com Bob Dylan, quando Clapton fazia parte do John Mayall and the Bluesbrakers, em 1965.
Infelizmente, eu não era receptivo a nada daquilo na época. Na real não tinha ouvido coisa nenhuma de Bob e estava desenvolvendo um forte preconceito contra ele, baseado, suponho, no que eu pensava de gente que gostava dele. No que me dizia respeito, Dylan era um folkie. Eu não conseguia enteder todo aquele alvoçoro, e parecia que todo mundo ao redor dele o protegia até a morte. Contudo, uma pessoa de sua comitiva com que me dei bem instantaneamente foi Bobby Neuwirth. Acho que era pintor ou poeta. Parecia companheiro de Dylan, mas achou tempo para conversar comigo e tentar me dar dicas sobre o que estava rolando. Eu era como “Mr. Jones” em “Ballad of a thin man”, mas foi o começo da amizade de uma vida inteira. Não lembro de Dylan conversar com ninguém; talvez fosse tímido como eu. […] Não pensei muito a respeito de Bob Dylan por um tempo, e aí ouvi “Blonde on blonde” e graças a Deus finalmente saquei.
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