May Your Song Always Be Sung (ou o fã mais novo de Bob Dylan)

For his age, he’s wise
He’s got his mother’s eyes
There’s gladness in his heart
He’s young and he’s wild
(Lord, Protect My Child)

No dia 21 de março de 2011, Bob Dylan provavelmente curtia suas férias em seu bucólico casarão em Point Dume, Santa Mônica. Seu último show ocorrera cerca de quatro meses antes. A última canção da apresentação, a viajante “Like A Rolling Stone”, voaria cerca de 8.500km em 120 dias até chegar em Porto Alegre a tempo de presenciar o nascimento de Dylan Gasperin Jardim.

Seu nome já dava indícios de seu gosto musical, mas foi apenas quando estava com 1 ano e nove meses que os pais Carla e Oly conseguiram ter certeza que sua prole seguira o mesmo caminho.

A partir daí, Dylan trocou suas canções de ninar. Ao invés das naturalmente infantis Galinha Pintadinha ou Barney, balbuciava “Bobby” para a mãe.

Seguindo os passos do pai, Dylan passou a assistir os DVDs de seu chará todas as manhãs desde o início de janeiro. Suas preferências são o “Acústico MTV” e “Other Side Of The Mirror” (um compilado das apresentações de Bob no Newport Folk Festival).

Atualmente, é comum vê-lo vestir o violão de brinquedo e ser encorajado pelo pai com uma gaita de verdade (usando o mesmo tipo de suporte usado por Dylan durante anos).

Para Dylan Gasperin Jardim, o conselho tão belo quanto óbvio pode ser extraído de “Forever Young”:

May your hands always be busy
May your feet always be swift
May you have a strong foundation
When the winds of changes shift
May your heart always be joyful
And may your song always be sung
May you stay forever young
Forever young, forever young
May you stay forever young

Independente se seguirá esse caminho dylanesco ao longo da vida, ele poderá estufar os pulmões e dizer em alto e bom som: eu fui o fã mais novo de Bob Dylan que já existiu.

E em tom provocativo, poderá até continuar:

UPDATE (2019)

Seis anos depois, a mãe Carla nos atualiza: andava numa fase Beatles, mas voltou ao universo dylanesco: