Balanço dylanesco: a turnê brasileira

Bob Dylan passou pelo país para fazer seis shows em cinco capitais brasileiras. No total, Bob e seu bando tocaram 31 músicas.

Os shows de São Paulo e Porto Alegre foram os únicos que tiveram músicas que não se repetiram. No primeiro concerto paulistano, Bob tocou “Every Grain of Sand”. Já no dia seguinte, ele resolveu estreiar na turnê a canção “Not Dark Yet”. Em Porto Alegre, tocou pela primeira vez no ano a música “John Brown”.

Em todas as apresentações Bob Dylan abriu com a mesma música, “Leopard-Skin Pill-Box Hat” e fechou com a mesma seleção (exceto no bis – que os cariocas não viram).

Outro ponto interessante foi a ausência da introdução feita por Al Santos e da imagem do olho, logo recorrente em turnês anteriores, que dessa vez apareceu minimamente.

Abaixo, uma tabela comparativa do repertório dos show – o número indica a ordem das músicas em cada apresentação.

Clique na imagem para visualizá-la em tamanho maior.

Enquanto esteve no Brasil, Bob Dylan aproveitou para andar pelas ruas de Copacabana, passear pelo hotel de Brasília e até caminhou, em plena sexta-feira, na Av. Paulista.

Confira as resenhas de todas as apresentações no país:

Rio de Janeiro
Brasília
Belo Horizonte
São Paulo (21/04)
São Paulo (22/04)
Porto Alegre

Bob Dylan em Buenos Aires (27/04), por Eduardo e Lízia Bueno

Eduardo Bueno e sua filha mandam notícias da Argentina. Inicialmente, a cobertura do Dylanesco ficaria apenas em terras brasileiras, mas ao ler a resenha (e ouvir a nova versão de “Cry a While”), era impossível não deixar o registro aqui.

Não há dúvidas: Bob Dylan definitivamente está mais em paz, realizado e divertindo-se consigo mesmo nesta sua nova reencarnação. Se ele pelo menos fosse o tipo de pessoa que pudesse olhar para trás, veria que todas as pontes que ele queimou parecem estar sendo reconstruídas pelas próprias pontes que ele alegremente toca em seu teclado, suingando e forte o bastante (apesar de às vezes estar inseguro) para conectar todas as diversas peças de sua criação em uma configuração que, depois de meio século, ainda faz total sentido.

Se às vezes ele realmente se assemelha a uma versão velho-oeste de Vincent Price (como alguém recentemente disse), com olhos de lâminas que poderiam quase derreter a platéia, ele ainda também pode ser o filho de olhos azuis, o sonhador romântico, com o rosto rechonchudo e cabelos encaracolados de um garoto de coral do começo dos anos 60 que criou uma escada para as estrelas, subiu cada degrau e nos deu um arco-íris. Ele parece ser eternamente jovem. Todas essas impressões estavam sendo traçadas nas mentes de várias pessoas que estavam no clássico Grand Rex Theater, onde Bob tocou seu segundo show em Buenos Aires – ainda melhor que o primeiro, na opinião de quase todo mundo que viu as duas apresentações. Buenos Aires é uma cidade clássica, até mesmo para os padrões de Bob: aqui, a elegância está sempre voltada para desafiar a decadência… Ele tocaria mais duas noites aqui, então mais surpresas virão, mas poucas serão tão tocante como “Girl From the North Country”.

1) Se o show teve alguma surpresa, ele ainda é aberto pot “Leopard-Skin Pill-Box Hat” soando igual, apenas com um toque a mais de entusiasmo. Ou talvez é apenas uma impressão minha, sentado na segunda fileira, menos de dez metros do homem, em um teatro com ótima acústica…

2) Em “Girl From the North Country”, Bob estava disposto novamente a ecoar novamente aquele vagabundo apaixonado que passeia pelas ruas de New York, pensando em seu amor perdido pela distante e cheia de neve planície de sua juventude no Norte. Exceto que, para mim, foi como se ele estivesse cantando para uma garota misteriosa da Patagonia, no lado extremo do mundo, no sul profundo da Argentina. A banda seguiu o sentimento e a paixão muito bem, aquecendo o clima e derretendo toda a neve…

3) Então, outra surpresa: “Beyond Here Lies Nothin’” trocou seu lugar no repertório. Mas não mudou seu humor: a boa e nova canção foi um bom Rock and Roll.

4) Bob largou sua guitarra e pegou a gaita para “Tangled Up in Blue”, mas uma vez tocada em uma forma comovente e perspicaz.

5) “Honest with Me” foi simples o bastante, mas também um pouco plana.

6) “Desolation Row”: a eterna favorita que não tem como dar errado e que foi muito bem. Você não se perde ao seguir Bob, até mesmo quando ele toca a parte do Pied Piper [flautista]. Definitivamente foi um romance químico entre todos os agentes e a multidão de superhomens. Um redondo barbudo estava sentado ao meu lado e eu não consegui evitar em pensar no Alan Moore e seus Watchmen enquanto Bob nos fez subir até a torre de observação e inclinar nossas cabeças longe o bastante das ruas desoladas de Buenos Aires, agora cobertas por lixo e sujeira.

7) O blues e o tango são primos americanos: ambos cantam as dores do amor perdido. Então, pareceu perfeito que Bob tenha decidido escolher a capital do Tango para a estréia de uma nova música na sua atual turnê: a magnífica versão de “Cry a While”. Foi o momento mais potente das sete últimas apresentações, na minha opinião, forte o bastante para transformar o amplo e majestoso River Plate no poderoso Mississippi.

8 ) Foi quase uma crueldade de Bob por escolher “Make You Feel my Love” logo depois de “Cry a While”. Sua performance foi profunda e intensa, revelando o Médico e o Monstro de sua personalidade. Um momento incrível. Como alguém muda seu humor dramático tão rápido entre uma música e outra?

9) A piscina de lágrimas abaixo dos nossos pés inundou o reservatório e a barragem certamente quebrou. O transbordamento de som e equilíbrio, combandado pelo teclado de Bob, contagiou todo o teatro. Era água por toda a parte – e foi tão bom estar lá. “The Levee’s Gonna Break” completou a série de quatro canções perfeitas de uma só vez.

10) Quando você acha que ganhou tudo, Bob prova que às vezes você sempre pode ganhar um pouco mais… e “Love Sick” explodiou como um trovão.

11) “Highway 61 Revisited” seguiu e nos forçou a aprofundar na estrada. Para onde estamos indo? Eu não sei, mas ele sabe e nós estamos chegando.

12) “Simple Twist of Fate” nos lembra novamente que ainda existe sangue nessas estradas. O homem no longo e negro casaco não nasceu atrasado: ele parece ser o mestre de seu próprio tempo.

13) “Thunder On the Mountain” soou como um boogie solto e Bob não parece se importar mais com a velha estrutura da canção tal como foi gravada na faixa de abertura de Modern Times. Ela se tornou completamente diferente e soou como um momento playground do show. Pelo menos para ele. Se agora ele tem sorrido todo o tempo, em “Thunder” ele quase ri…

14) Não é preciso de palavras para falar de “Ballad of a Thin Man”. Não há espaço no meio da provocação de temor sempre que Bob e sua banda a apresentam. Ele é o Feiticeiro do Temor.

15) Sendo tocada de uma forma tão perfeita e clássica, “Ballad” parece libertar “Like a Rolling Stone” e os clássico seguintes do peso do passado. Esta é uma música da Idade da Pedra que agora, pelo menos na atual turnê, foi separada de todas as suas outras importâncias e Bob pode tocá-la e quase brincar novamente no seu teclado, que se tornou uma espécie de caixa de pintura com tintas guache para ele repintar sua obra-prima. “Like a Rolling Stone” está permitida para ser livre e talvez até a pobre e amedrontada garota finalmente encontrou seu caminho de volta para casa. Toda a noite isto aparece de um jeito diferente, a única coisa que não muda é a reação alegre da platéia a isso.

16) Então Bob mergulha em sua versão de “All Along the Watchtower” que surpreendemente o bastante começa com ele, no centro do palco, soprando sua gaita. E para competir com o divertimento, ele canta a segunda estrofe tocando a gaita entre cada verso. A banda soou como… The Band. Na verdade, não é apenas Bob que aparenta estar completo e realizado: sua banda da turnê (a melhor que ele já teve?) também. Eles estão em paz com o chefe: sabem que precisam servir a alguém.

17) Mais uma vez, “Blowin’ in the Wind” foi o bis e soprou não apenas o vento idiota do passado, como também nossas mentes. Hora de voltar para a casa e chorar um pouco.

Eduardo Bueno
Lízia Bueno

Bob Dylan em Porto Alegre, por Eduardo Bueno

Porto Alegre é a capital mais meridional do Brasil, com um milhão e meio de habitantes, muitas árvores, um belo lago, e próxima o bastante ao Uruguai e à Argentina, na única região do país onde se pode sentir um pouco do inverno… E o inverno está chegando, baby, as janelas já estão quase cobertas de gelo… Aqui é também a capital gaúcha e, segundo dizem alguns, a cidade mais rock ‘n roll do Brasil. Foi aqui que Bob concluiu a série brasileira da atual turnê, na noite de ontem, com um show afiado, forte e animado, que pareceu a vários espectadores dos últimos cinco shows no país – como Fernando Viotti – o melhor até então.

Minhas filhas (Belém, 30 anos, grávida de três meses; Flora, 27 anos, e Lízia, 15 anos), além de duas de minhas ex-mulheres e todos os meus grandes amigos estavam lá, todos eles, obviamente, grandes fãs de Dylan. Como então eu poderia ter distanciamento crítico nessas circunstâncias?

Além disso, minha mulher, a filha dela e eu encontramos Bob na noite anterior, andando no parque, de noite, no vento frio, perto de minha casa. Foi o aniversário da filha da minha mulher, Paula (Clara completou 11 anos exatamente naquele dia e estávamos voltando da festa dela), e a garotinha conseguiu entregar a ele um bilhete que escreveu escondido durante a tarde – de alguma maneira misteriosa, ela sabia que iria encontrá-lo na rua. E ela ainda conversou com ele, e ele foi extremamente educado e gentil, leu o bilhete, guardou-o com ele e até apontou seus cadarços e disse: “Hey, amarre seus cadarços, você pode tropeçar”, como se fosse um velhinho do Exército da Salvação!

O Pepsi on Stage (acho que vou fazer dinheiro sugerindo novos nomes para as casas de shows brasileiras) é uma espécie de barracão de telhado de zinco (uma ex-fábrica, na verdade) que Bob e sua cowboy band conseguiram de algum jeito transformar em um tipo de galpão – um galpão gaúcho, com certeza, com ecos de antigas músicas country, western, blues e até hillbilly que colocaram muita gente para dançar. Tinha cerca de 3 mil pessoas lá, e eu ouvi que alguns camaradas estúpidos não gostaram. Bem, na minha opinião, eles agiram como quem vai a um museu esperando ver uma mulher voluptuosa pintada por Renoir e acaba tendo que ver exatamente a mesma mulher… pintada por Picasso. Vão pra casa e não me encham, caras! Saiam da minha janela e na velocidade que EU escolho: a da luz! Fora, fora! AGORA!

1) Bem, de novo Bob escolheu “Leopard-Skin Pill-Box Hat” para abrir. Viotti achou que é a melhor versão até agora, e com certeza foi intensa, mas eu continuo acreditando que, talvez em Buenos Aires, capital da Argentina, amanhã à noite, Bob possa “change his way way of thinking” e abrir com… bem, você sabe que música eu escolheria, se eu tivesse poder para isso…

2) Então veio “It’s All Over Now, Baby Blue”, com Bob no meio do palco, tocando alegremente sua guitarra (“um modelo Rick Kelly Eagle Head Strat, provavelmente feita sob medida para ele”, disse meu amigo Cassiano) e pronunciando cada palavra doce e suavamente e, surpreendentemente, ele foi gentil com a pobre baby blue girl, dando-lhe uma chance de strike another match and start anew… Uma bela versão – a melhor este ano, dizem alguns.

3) Como de costume, veio “Things Have Changed” – e foi tão dura e sombria quanto deveria. Eu gostei mesmo da ironia que ela disfarça, porque parece óbvio para mim que, cantando do jeito que ele a cantou, Bob é gentil o suficiente para revelar que ele ainda se importa…

4) “Tangled Up in Blue” parece ter alcançado seu ápice recentemente, e essa versão satisfaz todas as fortes possibilidades emocionais que a música sugere desde que apareceu como a faixa de abertura em Blood on the Tracks. Como nas noites anteriores, a letra parece carregar algumas qualidades de uma pintura ou filme, tão intensamente ligadas ao som que conseguem transportar imediatamente o ouvinte atento ao centro das cenas que o cantor descreve com tantos detalhes dolorosos.

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5) “Beyond Here Lies Nothing” não deixou nada para trás. Bob na guitarra, concentrado e persuasivo como nunca. Ele parece gostar muito dessa música – e nós também.

6) “Simple Twist of Fate”. É uma simples história de amor – aconteceu com ele, de novo… Como ele consegue reviver uma dor tão aguda tão frequentemente, quase todas as noites da turnê?

7) Então, uma surpresa e, por certo, um prêmio: um tipo de versão cowboy de “John Brown” que deixou muitas fãs – incluindo este – atordoado. Eu já confessei, mas acho que preciso confessar de novo: eu não reconheci a música. Mesmo assim, eu senti tantas coisas tomado por ela que eu não fiquei nervoso, nem com raiva ou perturbado, apesar de ser um pouco vergonhoso ter que admitir que o nome da música de repende escapou da minha memória…

8 ) “Summer Days” foi boa o bastante, mas não brilhante, embora se possa admitir que soou perfeita para o estilo “galpão gaúcho” da casa e que tinha mesmo que ser tocada para essa plateia realmente gaúcha. Somos todos cowboys do hemisfério sul, afinal – e é inegável o fato de que os gaúchos apareceram na História pelo menos 200 anos antes dos cowboys norte-americanos surgirem por lá, cara!

9) “Desolation Row” foi maravilhosa, doce, suave, e Bob parecia cheio de compaixão por todos que sabem menos do que ele, e também piedoso com cada alma naquele bando selvagem de personagens condenados que ele foi capaz de ordenar naquele beco desolado que é sua mente.

10) Então “Blind Willie McTell” e, meus amigos, acreditem ou não, soou ainda melhor que em Brasília, uma semana antes, ou em Hollywood, dois meses atrás. É uma benção para todos os fãs de Dylan que esta canção tenha voltado à vida. Então agora não há mais razão para continuar a reclamação de que ele se atreveu a deixar de fora de “Infidels” e trocar por… qual música? “Neighbourhood Bully”, talvez? Ah, Deus, tenha dó…

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11) “Highway 61” foi cantada com uma rapidez das corridas em Daytona e com vontade. A maneira como ele pronunciou “ooone”, depois de “sixty”, era de explodir a cabeça.

12) Então, “Love Sick”, ó céus, saiu tão densa, nebulosa, tão intensa que era como se nós todos pudéssemos ouvir o tic-tac dos relógios, sentir a umidade debaixo das nuvens de chuva e caminhar por ruas mortas, vendo amantes na grama e silhuetas na janela (ou nas cortinas atrás de Bob e sua banda, porque a iluminação, desde o começo do show, conferiu uma qualidade de penumbra de cinema). E não havia silêncio, mas com certeza um trovão! Para mim, junto com “Blind Willie” e “Desolation Row”, foi um dos verdadeiros pontos altos da noite.

13) “Thunder on the Mountain” no começo soou como se tivesse desfocada, mas este início desleixado (pelo menos para mim) foi como um salvo-conduto, uma permissão extra-oficial para que o próprio Bob improvisasse bastante em seu teclado, fugindo da banda e da própria música, mas logo aceitando ambos – a banda e a canção – a encontrá-lo na próxima esquina; então se escondeu novamente atrás da parede sonora. A música mesmo não estava brilhante, eu acho, mas este esconde-esconde foi realmente bem engraçado. Um momento divertido, bacana para curtir neste galpão gaúcho, com Bob jogando o gato por cima e por baixo daquele telhado de zinco quente… Ele é um bom garoto, realmente.

14) “Ballad of Thin Man”: eu acho que ninguém discorda que esta canção é a chave para perceber e entender esta oitava, ou nona, reencarnação de Dylan, aquela que agora é um prêt-a-porter na nossa frente, neste novo século. Não há muito mais para ser dito.

15) “Like a Rolling Stone” foi diferente de todas as outras noites no Brasil, e eu ouso dizer que veio à tona em uma versão solta, mas ainda engraçada, boa e com certeza mais leve que tantas outras vezes anteriores – e Bob, novamente, como em Belo Horizonte, se contentou em cantar o refrão apenas para deixar o público fazer isso por ele. Nós fizemos, mas não chegou À metade da altura e entusiasmo dos mineiros em Belo Horizonte.

De algum jeito, foi uma pena, porque Porto Alegre é a cidade natal do grande Lupicínio Rodrigues (1914-1974), um brilhante cantor/compositor boêmio que, lá em 1951, no mesmo ano que Muddy Waters (meio que um equivalente americano) escreveu “Rolling Stone”, ele foi capaz de aparecer com uma ótima canção chamada “Vingança”, um samba-canção com letras bem mais próximas ao espírito da canção de Dylan do que à de Muddy, por ter simples e sofrivelmente dito a uma mulher: “Ela há de rolar como as pedras/ Que rolam na estrada/ Sem ter nunca um cantinho de seu/ Pra poder descansar”. Oh, Deus! Este cara realmente merece um Theme Time Radio Hour em sua homenagem, já que Bob uma vez homenageou a cantora Elis Regina, também nascida em Porto Alegre e uma incrível intérprete das canções de Lupi.

E, enquanto apresentava a banda, um breve momento que nunca mais será ouvido novamente: Bob tocou alguns acordes de “Hey Jude” no teclado e fizeram todos os caras abrirem um grande sorriso – Paul McCartney está no Brasil e hoje ele tocará a apenas 320 kilômetros de distância, em Florianópolis. Estaria Bob pensando no cara de “Yesterday”?

16) Então “All Along the Watchtower” explode, poderosa como sempre, mas, de alguma forma, curta como nunca.

17) Então eles vão embora, voltam e uma versão com violino de “Blowin’ in the Wind” é apresentada, de um modo tocante, afetuoso, sonhador o suficiente para nos fazer acreditar que “yes, we can”… podemos construir um admirável mundo novo, porque muitas pessoas já morreram neste velho mundo. Alguns caras na plateia juram que ele disse “The answer my friends, is… etc” Friends? Será que ele quis dizer… nós? Não tenho certeza de que ele realmente disse no plural, mas certamente soou como…

Então, de volta ao hotel, ao aeroporto, ao avião e, amanhã, de volta ao palco, desta vez na cidade realmente gaúcha: a Macho Man Argentina, atualmente governada pela versão patética de Evita Perón… Será que Bob chorará pela Argentina? Será que eles chorarão por ele? A resposta, meus amigos….

Eduardo Bueno

fotos: Marcos Matiello